A origem do nome Studio Pipoca e outras historias - Studio Pipoca

A origem do nome Studio Pipoca e outras historias

O Studio Pipoca completa um ano e para celebrar essa conquista vamos te contar a origem do nome da nossa marca e outras historias dessa trajetória. Saiba mais.

É engraçado como funciona a cabeça de quem empreende. Não são poucas as vezes que nos preocupamos e projetamos algo que acaba nunca acontecendo. Quando estava montando o Studio Pipoca, uma das cenas que imaginava frequentemente eram as pessoas me questionando do por que desse nome. Um ano depois do lançamento do Studio Pipoca, passei por muita coisa, aprendi muito, conheci gente incrível pelo caminho, mas até hoje quasi ninguém nunca me perguntou sobre o nosso nome. Eu confesso que isso gera um tiquinho de frustração, mesmo com o medo que essa possibilidade me dava. Afinal, não escolhi esse nome ao acaso!

Quando coloquei na cabeça que iria montar uma marca de roupas para as crianças pequenas, fui movida não apenas pelo desejo de empreender, mas de montar um negócio que estivesse de acordo com meus valores. Acredito que quando falamos em sustentabilidade estamos falando entre outros aspectos de valorizar a cultura, matérias-primas e o trabalho local. E vamos combinar? No Brasil não existe motivo para ser diferente. Nosso território em seu todo é incrível. Não são apenas paisagens bonitas, mas aqui plantando tudo dá e temos um povo pra lá de criativo e inovador. Sendo assim, o nome da minha marca precisava exalar/exaltar brasilidade. Com esse objetivo, logo cheguei a Pipoca.

Além da sonoridade agradável e sabor de infância, família e aconchego, a pipoca vem do milho, que talvez seja o principal alimento dos povos originários das Américas, inclusos os da antiga Pindorama – como os povos que aqui habitavam chamavam esse pedaço de terra. Tanto assim que a palavra pipoca vem do Tupi pi”poka. Mas além de representar essa brasilidade que desejava, a pipoca é o resultado da transformação do milho cru através da explosão de sua potência interna. Era isso que estava em andamento: uma potência que mais uma vez explodia para dar luz a algo novo. Uma potência que já havia se unido a outra e explodido para formar uma família e que agora experimentava os passos do empreendedorismo materno.

Por fim, não posso deixar de ressaltar o quão democrático a pipoca é, atendendo e conquistando brasileiros de todos os lugares, classes e cultura. Essa acessibilidade e capacidade de atender a diferentes públicos é um dos nossos pilares que orienta e inspira o trabalho realizado com a marca.

Não tenho dúvidas: Pipoca foi, e É, a palavra perfeita para a minha marca. Uma coisa que parece tão simples, mas com tantos significados... – e, além de tudo, a pipoca é ótima para trabalhar visualmente. Chamar a marca só de pipoca, porém, me parecia incompleto. Eu sou uma apaixonada por fotografias. A captura de imagens é uma arte muito poderosa. Essa minha paixão precisava estar representada no meu projeto, como um pedaço de mim. É daí que veio a palavra Studio. Nascia assim o Studio Pipoca, que embora ainda comece só a dar seus primeiros passos, já me ensinou e me deu tanto, deixando aquela ansiedade positiva para o futuro.

E por que a gente nunca vê você nas redes?

Talvez essa seja pergunta mais comum que as pessoas me fazem desde que o Studio Pipoca começou, então queria responder com calma e com todo respeito. Ao contrário do que alguns podem acreditar, não se trata de timidez, mas de uma decisão política. Eu sou uma mulher feminista, antirracista, pró-diversidade e acessibilidade. Eu acredito que o combate às inúmeras desigualdades presentes no mundo é fundamental para construirmos um futuro para o planeta.  Sendo uma mulher branca, europeia e com uma série de privilégios, associar ou utilizar a minha imagem para a promoção do Studio Pipoca não me parece contribuir em nada com aquilo que acredito ser o melhor para o mundo. Não quero que comprem da minha marca por eu ser francesa, mas sim por acreditarem nos nossos produtos e valores.

Outro ponto é o meu desejo de valorizar a brasilidade da marca, afinal, tudo que comercializo é feito aqui, com a energia e força brasileira. Nunca conseguiria fazer isso na Europa, tenho certeza absoluta disso. Então quero ajudar o país que me adotou a ter mais uma marca local incrível!

Por favor: nada contra as mães empreendedoras que associam suas imagens as suas marcas, é só que para mim essa estratégia/prática não se encaixa com aquilo que acredito. Se você tem curiosidade de saber mais sobre mim, pode ler os textos aqui do blog, que sempre trazem a minha visão de mundo sobre aquilo que acho importante ser falado e discutido.

No mais, obrigado por sua companhia durante esse primeiro ano! Foi uma jornada e tanto até agora e tenho toda certeza que será ainda mais maravilhoso daqui pra frente! Vamos celebrar esse primeiro aniversario!

Com carinho,

Mathilde.

 

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