Studio Pipoca Indica : Documentários feministas para ver e se inspirar - Studio Pipoca

Studio Pipoca Indica : Documentários feministas para ver e se inspirar

A quarta onda do feminismo inspirou a realização de variadas produções culturais que abordam as questões das mulheres. Confira nossas indicações.

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Nos últimos anos vimo a ascensão da Quarta Onda do Feminismo, colocando o sexismo, as questões de gêneros e os problemas do patriarcado no centro do debate. Para a nossa alegria a indústria cultural não passou ilesa por esse momento, sofrendo uma série de transformações tanto nos bastidores quanto nos produtos lançados. Por aqui já publicamos uma lista de séries e filmes de ficção que se aproximam da temática feminista, de ontem e hoje. Mas não poderíamos ignorar os documentários, gênero que adoramos, dos mais diversos estilos e temáticas que chegaram com força abordando a questão das mulheres, sejam contando a história do movimento feminista, de figuras públicas, acontecimentos marcantes ou mesmo trazendo questões sociais, como o direito ao aborto.

Para quem deseja compreender melhor a importância do movimento feminista, mergulhar fundo nesse tipo de conteúdo é muito importante. Embora os documentários sejam fragmentos da realidade mostrados a partir das perspectivas dos envolvidos, são uma excelente forma de conhecer e se aprofundar sobre diferentes temáticas. Quem é fã do gênero sabe que são muitos os documentários que vale a pena assistir. Provavelmente uma lista apenas não daria conta de todos eles, por isso selecionamos alguns de nossos preferidos e que podem ser encontrados facilmente em serviços de streaming. E já sabe né? Conhece algum que não está na nossa lista? Compartilhe com a gente!

10 documentários que trazem a questão das mulheres

Homecoming – Beyoncé:

 

Não temos dúvidas: a rainha Bey é o grande nome da música pop deste século. Além de emplacar uma série de hits que influenciaram todo o gênero, a artista teve grande contribuição para a expansão da quarta onda do feminismo através de seus hinos como “Run The World (Girls)”. O documentário da Netflix acompanha Beyoncé – que recentemente lançou o álbum visual “Black is King”, uma ode a negritude que vem dando o que falar - durante sua icônica apresentação no festival de Coachella de 2018, trazendo ao público não apenas sua inovadora performance como também a intimidade da artista. É mulher empoderada que você quer? 

Miss Americana:

Ainda na música pop não podemos deixar de falar Taylor Swift, que colecionou hits, polêmicas e julgamentos ao longo de sua ainda jovem carreira e tornou-se um ícone mundial, influenciando milhões de jovens por todo o planeta. Miss Americana, lançado pela Netflix em 2020, acompanhou a carreira e a vida da artista estadounidense ao longo de vários anos, mostrando o desenvolvimento e a superação de uma das mulheres mais empoderadas da atualidade e que recentemente lançou música e clipe denunciando o privilégio dos homens quando o assunto é o julgamento de suas atitudes.

What happened, Miss Simone?:

 

Quem não gosta de Nina Simone está ouvindo música do jeito errado. Brincadeiras a parte, Nina Simone é um das maiores artistas do século XX. Com uma voz única e uma coleção de músicas marcantes e icônicas, como o hit “Felling Good”, a cantora e pianista também foi uma grande ativista pelos direitos civis dos negros nos EUA. O documentário da Netflix é uma preciosidade que traz gravações inéditas e imagens raras que desvendam e apresentam a artista e ativista, destacando toda a sua relevância para a cultura, não apenas para os Estados Unidos, mas da humanidade.

Feministas: O que elas estavam pensando?:

 

O documentário aborda a segunda onda do feminismo nos anos 1970, um dos movimentos civis mais importantes do século passado e com enorme importância para que as mulheres tivessem mais liberdade e assim pudessem operar as mudanças que presenciamos hoje. A obra da Netflix apresenta esse momento histórico através de fotos e entrevistas com ativistas da época, desde as mais famosas, como a atriz e ainda hoje ativista Jane Fonda, até pessoas comuns em busca de seus direitos. É uma grande fonte de inspiração que dá aquele gás para a luta que travamos hoje. 

Minha História:

Barack Obama foi o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, um país que deu fim a segregação racial há apenas sete décadas e que ainda hoje sofre com os nefastos efeitos do racismo, como bem ilustram os acontecimentos de 2020. Mas Barack não esteve sozinho nessa jornada. Michelle Obama, sua mulher, tornou-se uma das primeiras damas de maior impacto na história do país do norte, brilhando por conta própria e inspirando milhões de mulheres pelo mundo. O documentário da Netflix traz os bastidores da turnê de lançamento da autobiografia de Michelle, contando a história dessa mulher incrível. 

Absorvendo o tabu:

Com a segunda maior população do mundo, com 1,32 bilhões de habitantes, a Índia é um país marcado tanto pela espiritualidade quanto pelas desigualdades. Entre elas as de gênero, que se manifestam de diferentes formas. O documentário de curta-metragem da Netflix mostra como a questão da menstruação ainda é um tabu na Índia rural e o esforço de mulheres da região para produzirem absorventes de baixo custo e assim conquista mais saúde, qualidade de vida e a independência financeira.

Miss Representation:

Esse documentário, que pode ser visto na integra no Youtube, é de 2011, antes da quarta onda feminista se espalhar pelo mundo e abalar as estruturas do patriarcado. A obra reúne algumas das mulheres mais influentes dos Estados Unidos no começo da déca e aborda a questão da representação feminina na mídia e como essa contribuiu para a opressão de gênero e a imposição de padrões de beleza irreais, sendo um fator fundamental para a consolidação de papéis de gênero.

Malala:

Uma das vozes jovens mais influentes da atualidade, a ativista afegã Malala ficou conhecida mundialmente por sua defesa ao acesso a educação para meninas, que a levou ser perseguida pelo Taliban e ser atingida por um tiro na cabeça em 2012. O documentário de 2015, conta a história dessa jovem inspiradora, ganhadora do prêmio Nobel da Paz, assim como reforça a importância da educação para a autonomia, liberdade e combate as desigualdades. 

Kbela:

O racismo é uma mácula que atinge ainda com mais força as mulheres. As mulheres negras são a ponta mais vulnerável de uma sociedade machista e racista, sofrendo mais com o desemprego, precarização do trabalho e violência doméstica e sexual. Documentário no estilo curta-metragem realizado no Brasil, Kbela mostra como essa sociedade violenta os corpos de mulheres negras, obrigando, além de tudo, a seguir padrões da branquitude, como o cabelo liso. A obra denuncia essa violência e mostra como o uso do cabelo natural por parte delas tem uma importante simbologia de resistência. 

Clandestinas:

Outro documentário de curta-metragem nacional que aborda uma questão muito importante para as mulheres: a criminalização do aborto no Brasil leva a morte de uma mulher a cada dois dias em clínicas clandestinas. Contando histórias reais de mulheres que já passaram pelo procedimento pelas mais diversas razões, a obra mostra todas as dificuldades e violências que as mulheres ainda enfrentam para poder decidir sobre seus corpos e vidas. 

 

Ufa! E pensar que essa lista poderia ser ainda maior, não é mesmo? Conta pra gente nos comentários quais desses documentários já assistiu, quais ainda quer assistir e quais que não estão na nossa lista que você indica!

Boa sessão sofá com pipoca e vamos juntas!

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