Vivemos em uma sociedade de consumo. E não é muito difícil perceber isso. Mesmo no sofá da sua casa você é bombardeado por propagandas, por exemplo. Ao sair nas ruas, lojas, vitrines, cartazes, luminosos e outdoors brigam por sua atenção com o mesmo objetivo: fazer com que você compre. Consumo, felicidade, bem estar e liberdade são conceitos que se confundem. Sendo o consumo diretamente responsável pelos demais.
Tudo isso ampliado pelos avanços da tecnologia da informação, da captação, análise de dados e dos algoritmos, que entregam a propaganda e o conteúdo “ideal” para você, aumentando seu desejo de comprar. Compramos porque compramos. Compramos pelo status. Compramos porque parece ser a única atitude capaz de preencher nosso vazio e frustração. A realidade é que somos viciados em comprar.
Mas como chegamos a esse ponto? Sim, por que o mundo nem sempre foi assim. Antes da Revolução Industrial o consumo se dava de outra forma, focando nas necessidades imediatas. O avanço dos modos de produção permitiu que produzíssemos como nunca antes, e se a oferta aumentava era preciso que a demanda também aumentasse.Assim, em 1890 era inaugurada a primeira etapa na formação da sociedade de consumo, que impulsionaria uma indústria de propagandas e marketing, pilares essenciais dessa sociedade. O problema é: o consumismo criado e alimentado pelo mercado tem consequências diretas na nossa saúde mental, comportamento e, claro, no planeta. Na última década o ser humano foi capaz de utilizar 1/3 dos recursos disponíveis na Terra. 1/3 em dez anos. Não estamos vivendo apenas a emergência climática, estamos no meio de uma extinção em massa.
A solução? Uma mudança radical na forma de consumir, o que tem sido chamado por alguns de lowsumerism.
“The Rise of Lowsumerism” – como chegamos até aqui e como mudar nossa trajetória
A história de como chegamos ao consumismo e o que pode e vem sendo feito para mudar essa situação, é o tema do curta “The Rise of Lowsumerism”, produzido pela Box 1824. A Box 1824 é uma das principais referências em tendências de comportamento e consumo no Brasil e produziu o vídeo como um projeto sem fins lucrativos ou comerciais.
Tendo como base os diversos estudos e pesquisas realizados pela empresa, eles mapearam a construção do consumismo e apontam aquela que possivelmente será sua queda: a ascensão do Lowsumerism. É fácil olharmos para o mundo e ficarmos sem esperança. A cada ano parece que tudo piora e que ninguém liga para os problemas importantes de verdade.
A realidade, porém, é que existe uma nova geração surgindo e com ela novos hábitos e visões de mundo. Uma geração que questiona e promete mudar muita coisa. O lowsumerism é a ideia de consumir menos, de acordo com as necessidades reais – não aquelas inventadas pelas propagandas – e considerando o impacto socioambiental da produção ao descarte. As consequências importam e nós somos responsáveis diretos pelos nossos atos e escolhas.
A boa notícia? É que essa não é uma ideia de solução proposta pelos autores do vídeo, mas uma tendência real! O mundo pode e vai mudar para melhor. Acreditoamos muito nisso.
O vídeo é curto, são apenas dez minutos. Se você ainda não viu, recomendo muito. É esclarecedor e nos instiga a ação. A mudança começa em cada um de nós!
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